Três empresários, responsáveis por blocos e alguns dos principais artistas do Carnaval de Salvador, são unânimes ao concordar com o prefeito ACM Neto, sobre a impossibilidade de definir os rumos da folia do momo do próximo ano. O prefeito cogitou a possibilidade de a festa ser realizada em maio ou junho de 2021.
Segundo Quinho Nery, diretor da Central do Carnaval, "não é prudente tomar essa decisão agora". Para ele, é "melhor deixar para novembro porque talvez, de fato, seja o tempo limite para organizar as coisas do ponto de vista operacional".
O empresário explicou que quando viu crescer a possibilidade, cada vez mais concreta, da produção de uma vacina, passou a trabalhar com a forte expectativa de manter a festa. "Se a vacina sair, vai acontecer em fevereiro. Se não sair, vamos ver se a possibilidade do Carnaval fora de época ou aguardar 2022".
O empresário de Ivete Sangalo, Fábio Almeida, também prefere pregar a cautela, ao comentar a possibilidade de adiar o Carnaval para maio ou junho. Para ele, o que não pode é festa do momo chocar com o São João, dia 24 de junho.
"Uma nova data do Carnaval não pode dar um golpe no São João. As duas festas são manifestações culturais que devem coexistir. Então, colocar o Carnaval perto do dia 24 iria trazer mais dificuldades para a folia junina, que inclusive, não foi realizada este ano", afirmou Fábio.
Um dos sócios do grupo San Sebastian, André Magal, também prefere pregar a cautela. "Essa questão do Carnaval tem que ser muito bem pensada e isso deve acontecer mais pra frente. Eu acho que devemos esperar, até porque falta muito tempo para a festa”, argumentou ele, que divide a sociedade da 'San' com o empresário José Augusto Vasconcelos.
Magal é otimista e aposta na descoberta de uma vacina, o que o leva a preferir que a folia seja mantida em fevereiro. Mas, caso ela seja, de fato, prorrogada para o mês de maio, sugere que as festas aconteçam próximas ao feriado do dia do Trabalhador, 1º, mais precisamente, do dia 30 de abril (sexta) a 4 de maio (terça).
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