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A mudança foi divulgada nesta quinta-feira (18) no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia
A pressão em 12 por 8 passa a ser considerada pré-hipertensão no Brasil. A nova diretriz foi divulgada nesta quinta-feira (18) no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que acontece até o próximo sábado (20), em São Paulo. O documento chancelado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) e pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) tem como objetivo principal reforçar a prevenção e alertar os médicos para a necessidade de cuidados mais efetivos com alguns pacientes.
“A intenção é iniciar precocemente o cuidado com o paciente que apresenta valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica), antes que ele desenvolva uma hipertensão de fato. O cuidado nesse momento é focado em mudança de estilo de vida, evitando a necessidade de um tratamento farmacológico, por exemplo”, explica a cardiologista e professora da Faculdade Zarns e Unesulbahia, Lucélia Magalhães.
A médica destaca que controlar outras taxas de outras condições de saúde também pode ser essencial para evitar a hipertensão arterial. “Além de fazer atividade física, reduzir o consumo de sal e focar em uma alimentação saudável, o paciente também deve buscar (junto ao seu médico) medidas que controlem fatores de risco como diabetes, obesidade e, principalmente, dislipidemia, ou seja, o aumento do colesterol total”, pontua.
Até antes da nova diretriz, era aceitável manter a pressão em até 14 por 9 como meta de tratamento. A partir de agora, recomenda-se que a pressão esteja em 13 por 8 para todos os pacientes que já são hipertensos, independente do sexo ou idade.
No ano de 2023, o Instituto Nacional de Cardiologia divulgou um estudo que afirmava que quase 28% dos brasileiros sofrem de hipertensão. Lucélia faz um alerta para a importância dos cuidados com a saúde, de modo a evitar que a doença se estabeleça. “Hipertensão é uma doença muito grave, silenciosa e que pode ser fatal. Se não controlada, pode levar a complicações irreversíveis como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal, ataque cardíaco e insuficiência cardíaca. É essencial estar atento à saúde e sempre estar buscando um médico para receber as orientações adequadas”, finaliza.
