A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) deflagrou nesta sexta-feira (23) a Operação Arrosto, no Conjunto Penal de Eunápolis, em resposta ao atentado a tiros ocorrido na última terça-feira (20). O ataque, segundo as autoridades, tinha como alvo o diretor da unidade prisional, que não estava no veículo no momento. O motorista terceirizado da Seap, que conduzia o carro, foi atingido e permanece internado em uma unidade hospitalar.
A operação mobiliza diversas forças de segurança em uma ação conjunta envolvendo a Seap, Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), Ministério Público da Bahia (MP-BA), Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar da Bahia. Também participam os grupos especializados GEOP (Grupamento Especializado em Operações Prisionais), GAEP (Grupo de Atuação Especial em Execução Penal), GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Comando de Policiamento Especializado (CPE), Cipe Cacaueira, CIPGd-Itabuna, 7ª CIPM, CIPA e equipes da Polícia Civil.
A ação tem como foco principal a ocupação do presídio e a revista minuciosa das celas, além de medidas emergenciais para o restabelecimento da ordem e o reforço da segurança na unidade. Como parte das estratégias de contenção e controle, o Conjunto Penal de Eunápolis passa a ser temporariamente administrado pelo GEOP.
Além da revista geral, a operação prevê:
Suspensão temporária das visitas;
Avaliação para transferência de internos ligados a facções criminosas;
Estudo para realocação definitiva de presos envolvidos em ações que ameacem a segurança institucional.
A Operação Arrosto é considerada uma resposta rápida e integrada das forças de segurança ao crime organizado no sistema prisional, e demonstra a articulação entre os órgãos estaduais e federais no enfrentamento à violência que parte de dentro das unidades prisionais.
A Seap ainda não informou por quanto tempo a intervenção permanecerá em vigor, mas destacou que outras medidas poderão ser adotadas conforme o avanço das investigações sobre o atentado.
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