Dificuldades na amamentação, produção insuficiente de leite materno e problemas de saúde da mãe ou do bebê são alguns dos motivos
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A amamentação é amplamente reconhecida como a melhor forma de alimentação nos primeiros anos de vida, recomendada exclusivamente até os 6 meses de idade. No entanto, em casos em que o aleitamento materno não é possível, as fórmulas infantis se tornam uma opção segura para nutrir o bebê.
Esse tipo de alimento é desenvolvido com base em critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para atender a aspectos como identidade, qualidade, perfil nutricional e segurança. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), além de suprir as necessidades nutricionais, as fórmulas infantis também desempenham um papel importante na programação metabólica da criança e na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.
Alguns dos motivos mais comuns para a indicação dessa alternativa incluem dificuldades na amamentação, produção insuficiente de leite materno e problemas de saúde da mãe ou do bebê. É fundamental destacar que a decisão de utilizar a fórmula deve ser tomada em consulta com profissionais de saúde qualificados, que poderão oferecer orientações personalizadas para cada caso.
Pediatras podem avaliar a situação individual de cada bebê e orientar sobre o momento adequado para introduzir a fórmula. Assim, os pais ou responsáveis podem contar com um auxílio na escolha do tipo de substituto ou complemento do leite materno mais indicado, como aqueles à base de leite de vaca ou fórmulas especiais para casos de alergias alimentares.
A fórmula infantil é introduzida na alimentação do bebê em situações específicas em que a mãe não pode amamentar. Existem várias circunstâncias em que o uso da fórmula é recomendado, conforme informações de materiais da SBP e do Ministério da Saúde.
Por exemplo, quando a mãe enfrenta problemas como baixa produção de leite para suprir as necessidades do pequeno. Além disso, se a criança apresentar algum problema de saúde que a impeça de ser amamentada com o leite materno, como dificuldades de sucção ou alergias alimentares, a fórmula pode ser uma alternativa segura.
Outros casos em que a fórmula é indicada incluem situações em que a mãe está passando por tratamentos medicamentosos intensos, como quimioterapia, ou tomando medicamentos que podem passar para o seu leite. Também é recomendado optar pela fórmula quando a mulher é usuária de drogas ilícitas, pois a amamentação pode expor o bebê a substâncias prejudiciais.
No caso de doença que apresente grande carga viral ativa, é aconselhável interromper a amamentação até resolver o problema. Além disso, situações de intolerância a proteínas do leite materno, em que o bebê apresenta reações adversas, a fórmula infantil especializada é a opção recomendada.
A segurança, o preparo adequado e o armazenamento correto da fórmula infantil são essenciais para garantir a nutrição adequada do bebê. Nesse sentido, o material "Noções básicas sobre alimentação com fórmula", do Programa de Nutrição para Mulheres, Bebês e Crianças de Massachusetts, fornece algumas dicas importantes.
Ao utilizar fórmula concentrada, é importante lavar as mãos, agitar bem a lata antes de abrir e usar mamadeira e utensílios limpos. A água utilizada deve ser fervida por um minuto e resfriada antes de misturar com a fórmula. Depois de preparado, o alimento pode ser armazenado na geladeira por até 24 horas, enquanto recipientes abertos da fórmula concentrada podem ser refrigerados por até 48 horas. É recomendado descartar qualquer resto após a alimentação.
No caso da fórmula em pó, também é necessário lavar as mãos e utilizar recipientes limpos, bem como ferver e esfriar a água antes de ser misturada com o pó. É importante verificar a temperatura da fórmula preparada antes de oferecer ao bebê. O prazo para o uso desse alimento é de um mês após aberto e antes da data de validade. É recomendado armazenar apenas a quantidade necessária na mamadeira e também descartar qualquer resto depois da alimentação.
O D'or Mais Saúde indica seguir as instruções de segurança e preparo da fórmula infantil. Caso haja alguma dúvida ou necessidade de orientações adicionais, é recomendado consultar um nutricionista ou médico especializado.