Por: Helena Moro/Glamour
13/05/2020 - 11:12:51

Você percebeu que sua pele mudou durante a quarentena? A minha sim. E quando digo mudou, pense em espinhas (várias) que nunca estiveram ali. Pois é, felizmente a acne nunca foi um 'problema' para mim, mas como editora de beleza converso com muita gente e acompanho o drama de quem sofre com isso diariamente.

Com o intuito de deixar a pele "respirar", evitei passar maquiagem nestes quase 50 dias de isolada aqui em casa. E não é que elas, as espinhas, resolveram dar as caras? Fuén, não foi mesmo o resultado esperado. Pelo contrário, percebi também o aumento de oleosidade, cravos e as espinhas, que apareciam para mim apenas no meu período menstrual, se espalharam pela testa, queixo e até colo.

Se você também notou alguma diferença na sua pele, não se assuste. Estamos vivendo tempos de incerteza e fatores como estresse, ansiedade e alimentação influenciam diretamente no nosso corpo, e, consequentemente na pele.

Para ajudar a gente a entender melhor essas mudanças, as dermatologistas Adriana Cairo e Hellisse Bast bateram um papo sobre assunto e contamos aqui abaixo. Aos detalhes!

Acne x quarentena

O período de quarentena trouxe mudanças significativas na rotina que podem contribuir no aparecimento de espinhas na pele. E sim, o isolamento aumenta o sentimento de estresse, que influencia o surgimento da acne.  "A relação entre estresse e acne é bem estabelecida pois o cortisol, o hormônio do estresse, que participa ativamente na formação de lesões de acne", explica a dermatologista Adriana Cairo.

Com o cortisol elevado, acontece a inflamação das glândulas sebáceas, que acabam produzindo sebo em excesso ocasionando cravos, pápulas, pústulas e nódulos. Isso sem contar também os remédios, que podem ser grandes aliados no aumento da oleosidade. "Não estamos em uma situação normal, então temos que nos adaptar. Certos remédios que controlam o grau de ansiedade podem piorar o quadro de acne, assim como o aumento da oleosidade na pele."

Falta de sono

A alteração do ciclo do sono altera a vascularização da nossa pele. Isso porque ao dormir pouco, nossos hormônios se desregulam, inclusive o cortisol (olha ele aí de novo!), e acabam impedindo que a pele se regenere durante o processo.

E a alimentação?

Taí também outra coisa para ficar de olho. A ansiedade pode ocasionar uma alimentação desregulada e podemos acabar consumindo alimentos com muito açúcar e gordura saturada -- assim, elevamos o nível de açúcar no sangue que piora de lesões de acne. "Evite alimentos industrializados e dê prioridade para a alimentação feita em casa. Se puder escolher, opte por uma comida mais caseira do tipo refogada -- arroz, feijão, legumes, verduras", ensina Adriana.

A dermatologista Hellisse Bast ainda adverte: o excesso de álcool também pode prejudicar a nossa pele. Isso porque o consumo exagerado no álcool ocasiona a desidratação cutânea e acelera o envelhecimento, diminuindo a oxigenação dos tecidos e aumenta a produção de radicais livres.

Cuidados

Parece fácil falar, mas criar uma rotina é importante para o nosso corpo e, consequentemente pele.  "Mantenha horários regulados para acordar, fazer um lanche... Evite ingerir muita cafeína, não pelo café em si pois ele também é antioxidante, mas porque pode aumentar o grau de ansiedade e você pode querer comer alimentos que não são muito indicados", ensina Adriana.

E atenção: não é porque você está em casa e não vai sair que não vai cuidar da pele. "Esfoliações no rosto feita de 15 em 15 dias ajudam bastante, além de usar tônicos e produtos próprios para desinflamar prescritas por seu médico", complementa Hellisse.

Outra ideia que pode ajudar são as máscaras de argila, que ajudam a desinflamar e a sugar a oleosidade excessiva. "Elas são excelentes para fechar os poros", diz Adriana.

 


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