O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) instaurou processo, nesta terça-feira (7), para acompanhar as investigações da Polícia Civil no caso Hyara Flor, adolescente de 14 anos morta em Guaratinga no mês de julho, atingida na região do pescoço por um disparo de arma de fogo.
De acordo com o MP-BA, a Polícia Civil tem buscado novas testemunhas do caso e está dentro do prazo de cumprimento. O órgão informou que o pedido de acompanhamento é para monitorar o trabalho ao invés de apenas receber o inquérito concluído.
Relembre o caso
A adolescente Hyara Flor pertencia à comunidade cigana de Guaratinga. Ela estava casada há 45 dias com outro adolescente cigano. Ela estava dentro da casa em que vivia com o marido quando foi assassinada.
Dentro da casa, foi encontrada uma pistola calibre 380, com dois carregadores e munições, que foram apreendidos e encaminhados para perícia. A necropsia provou que o tiro fez com que Hyara Flor se asfixiasse no próprio sangue até a morte.
O marido de Hyara Flor chegou a ser apreendido pela suspeita de ter atirado contra ela, após dias sendo procurado, junto à sua família, pela polícia. Ele foi encontrado na casa de familiares no Espírito Santo.
Apreendido ainda em julho, ele foi liberado em agosto, depois que a polícia da Bahia concluiu que o disparo à queima roupa foi efetuado acidentalmente pelo cunhado da vítima, uma criança de 9 anos. De acordo com a investigação, o marido adolescente tem entre 1,80m e 1,85m de altura, e, pela posição do tiro, foi descartado que ele fosse o autor. O disparo foi de uma distância entre 20 e 25 cm.
A família de Hyara Flor ainda contesta a conclusão da polícia e sustenta que o crime foi cometido por vingança, já que um tio de Hyara teria um relacionamento extraconjugal com a sogra dela. Também foi levantada a hipótese de que a adolescente sofresse violência doméstica por parte do marido. O laudo da necropsia não indicou sinais de violência doméstica internos e externos.
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