Por: AtlanticaNews
12/04/2021 - 23:27:32

Há pouco mais de uma década era raro ouvir o termo eSports, mais raro ainda era alguém pensar que poderia ser um profissional dos games. Naquela época – e nem faz muito tempo – jogos eram apenas sinônimo de diversão e entretenimento, mas hoje em dia eles compõem um dos mercados mais lucrativos do mundo. 

Não que a diversão tenha acabado, pelo contrário. Hoje em dia, além de ser possível ter acesso a todo tipo de games online, desde os clássicos dos consoles dos anos 1990, passando por games de slots e outros jogos de cassino até os jogos que protagonizam os maiores eventos de eSports do mundo, como o League of Legends e o Crossfire. 

Uma indústria bilionária 

Porém, ao mesmo tempo que ainda é possível se divertir na internet com todo tipo de jogo, esse tipo de entretenimento também tomou grandes proporções no que diz respeito a popularidade, competições e, consequentemente, dinheiro. Para se ter uma ideia, a expectativa é que os eSports movimentem cerca de US$ 180 bilhões em todo o ano de 2021. 

Outro dado interessante e que nos ajuda a entender o tamanho do crescimento dos eSports e dos games de modo geral, é quando analisamos esse mercado em comparação com outros. A indústria da música e do cinema juntas movimentam cerca de US$ 152 bilhões por ano e, apesar de haver uma tendência do crescimento, ainda não chegam a ultrapassar a dos games. Mesmo juntas. Apesar disso, vale ressaltar que a televisão ainda lidera com tranquilidade toda a indústria do entretenimento. 

Esses números, é claro, nos dão a dimensão do dinheiro que os eSports movimentam, mas o que isso significa em termos de popularidade? Bom, os números apresentados aqui também são bastante significativos.   

O crescimento de espectadores 

Atualmente há cerca de 2,3 bilhões de gamers no mundo, seja jogando pelo smartphone, tablete, console ou PC. Isso significa que praticamente um terço da população mundial se entretém com algum tipo de jogo. Desse número, cerca de 67 milhões se encontram no Brasil. 

O crescente número de equipes, de torneios e de organizações regionais de eSports no Brasil tem sido importante para o desenvolvimento do mercado, mas toda sua organização vai além da estrutura de atletas e profissionais que trabalham no apoio. 

Além dos patrocinadores que estão cada vez mais atentos a grandes eventos de eSports, o público é uma fonte de renda de extrema importância para diversos torneios. Isso é algo que começou a mudar há poucos anos, sobretudo após recordes de audiência na Copa do Mundo de League of Legends de 2019. Foram 99,6 milhões de espectadores para assistir a equipe chinesa FunPlus Phoenix levar o troféu para casa. 

No Brasil os números também são animadores. Estima-se que houve um crescimento de 20% da audiência em eSports em 2020, comparando com o ano anterior. Esse movimento tem influenciado até mesmo grandes equipes esportivas do Brasil, como Flamengo, Palmeiras e Corinthians, a criar suas próprias equipes de eSports. 

Um novo mercado, um novo espaço 

O que podemos concluir é que, apesar de o público ainda preferir ou estar mais acostumado com as competições de futebol ou outros esportes mais tradicionais, assistir a jogos de eSports como CS:Go ou DOTA2 tem se tornado cada vez mais comum.  Não se trata de retirar o espaço daquilo que já é consagrado e querido pelo público, mas de criar novos espaços e, portanto, novas possibilidades de mercado, de empregos e, é claro, de diversão e entretenimento. 

O mercado de eSports ainda tem muito o que crescer no Brasil, sem dúvidas. Mas a boa notícia é que parece que, com o crescimento do mercado e uma maior atenção de patrocinadores e do público, o velho preconceito de que esses jogos não são esportes de verdade tem sido deixado cada vez mais de lado. E no lugar dele surge o interesse de um público que tem se encantado com todo tipo de jogo e se empolgado para continuar movimentando essa indústria bilionária. E talvez seja esse o público que pode levar os eSports para outro patamar no Brasil. 


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