Após reunião do Conselho Departamental, o diretor do Campus XVIII da Uneb, em Eunápolis, Wilson Alves de Araújo, acatando decisão da maioria, decidiu opor-se à devolução do terreno cedido pelo Governo da Bahia para construção da sede própria do Departamento. O termo de Cessão de uso número 012/2017 foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 03 de junho de 2017.
A área de 12.774 mil metros quadrados localizada na Rua Paulino Mendes Lima, número 674, centro de Eunápolis, é remanescente do imóvel intitulado CIE de Eunápolis (antigo Colégio Clériston Andrade).
Em ofício dirigido ao reitor da instituição de ensino superior do estado, com sede em Salvador, o diretor do Campus de Eunápolis assinala a necessidade de construir a sede própria da instituição “no espaço apropriado para a integração e cooperação do Ensino Médio e a Educação Superior, fortalecendo os elos indissociáveis da Educação de qualidade para todo o povo do Território de Identidade Costa do Descobrimento”.
Em agosto passado, por meio de ofício (624/2021), o secretário de Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues Souza, solicitou ao reitor José Bites a retomada da área remanescente do imóvel CIE de Eunápolis, alegando a necessidade de o estado utilizar a área para obras de ampliação do Complexo Integrado de Educação de Eunápolis.
Ato público
Em conjunto, os professores do Campus XVIII advertem que as negociações deveriam ter sido feitas antes da assinatura do Termo de Devolução de Bem Imóvel. Em resposta, a comunidade acadêmica decidiu, em assembleia, realizar um ato público em defesa do Campus XVIII.
O ato será realizado no dia 20 de outubro, quarta-feira, às 09 horas, na Rua Paulino Mendes Lima, ao frente ao CIE.
Os manifestantes não querem abrir mão do terreno, que foi cedido pelo estado a quatro anos. “Nosso objetivo é que essa área seja considerada propriedade da Uneb e que aqui seja construída nossa sede própria”, avisa a professora Carolina Lima.
“A reitoria perdeu a oportunidade de estabelecer o diálogo com a comunidade acadêmica antes de estabelecer uma disputa possessória. Ouvir o Conselho Departamental é uma obrigação que está muito clara no regimento da instituição. Sem participação coletiva e transparência, não haverá condição alguma de construir uma educação de qualidade”. Completou.