Uma missão técnica liderada pela unidade territorial Litoral Sul da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com as participações da Cooperativa de Desenvolvimento Territorial (Cooperast) e da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Coopfesba), visitou uma experiência de implantação de solução biológica para manejo sustentável na cultura da banana no município de Jaíba, no estado de Minas Gerais.
“O objetivo é levar para os agricultores essa tecnologia e criar essa ponte com a tecnologia de fácil acesso para o agricultor familiar através das cooperativas e associações”, disse Bernardino Rocha, coordenador da Bahiater/Litoral Sul.
De acordo com Robson Santos, gerente territorial da Solubio, a tecnologia se dá por meio da produção de bioinsumos voltados para diferentes culturas. “É um projeto voltado para pequenos e médios produtores, onde a gente consegue, com a infraestrutura de biofábrica, fazer a multiplicação de insumos biológicos em grupo para atender à demanda de uma cadeia produtiva, seja de agricultura familiar ou de médios e pequenos agricultores de diferentes culturas. Na ocasião estamos olhando a cultura da banana, mas esse projeto pode ser replicado para a cultura do cacau, da pimenta, da hortaliça”.
Para Osaná Crisóstomo, presidente da Coopfesba, cooperativa que faz a gestão da fábrica Bahia Cacau, em Ibicaraí, a ideia é fortalecer a autossustentabilidade. “A ideia é levar essa tecnologia não só para a cultura do cacau, mas também para as outras culturas abrangidas pela cooperativa e seus cooperados, para fortalecer a questão da autossustentabilidade. Temos procurado certificar a agroindústria do chocolate no selo orgânico e, agora, estamos vendo algumas áreas de produtores para certificar como produto orgânico, em busca de termos um produto realmente sustentável”.
A Cooperast, que é uma entidade parceira da Bahiater na prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER), avalia utilizar a tecnologia das biofábricas de insumos para beneficiar cooperados nos municípios de Itacaré, Una, Itajuípe, Itabuna, Barro Preto e Jussari, que foram contemplados com três projetos financiados por meio do projeto Bahia Produtiva, num aporte de cerca de R$ 3,2 milhões em investimentos para mais de dois mil agricultores.
Segundo Vinícius Monteiro, diretor-administrativo da Cooperast, a Missão avaliou positivamente os resultados do projeto mineiro. “Viemos constatar os resultados para podermos aplicar a tecnologia nas áreas em que a gente trabalha, de cacau, hortaliça, fruticultura, inclusive área de pastagem, para trazermos o manejo biológico para a nossa realidade. Observamos que o resultado tem sido muito bom e a gente quer ter essa condição também de manejar nossas áreas de produção”.
A Cooperast pretende implantar a biofábrica iem área de um dos assentamentos atendidos via Bahia Produtiva. “Temos recursos dos três projetos para adubação das áreas e, [parte] desses recursos, iremos destinar para o manejo biológico. Inicialmente, será para o projeto de Assentamentos e, tudo ocorrendo bem, alcançaremos os mais de dois mil agricultores atendidos pela Cooperast/Bahiater”, destaca Monteiro.
Fotos: Mariana Ferreira/SDR/GovBA