Cumprindo mandado de busca, apreensão e prisão policiais chegaram nas primeiras horas da manhã a residência do prefeito na cidade de Itabela onde houve uma revista geral e o prefeito foi detido para investigação.
O prefeito foi ouvido durante muitas horas na sede da Polícia Federal em Porto Seguro, saindo por volta das 15h30 para o aeroporto de onde embarcou para Belo Horizonte.Pessoas ligadas ao prefeito, comentaram que ele não tem nada com o caso do FPM, seu nome foi envolvido porque ele manteve contato telefônico com um dos principais envolvidos e logo tudo será esclarecido, pois ele não firmou nenhum contrato. Quanto a arma encontrada na casa, eles disseram não pertencer ao prefeito, estas explicações foram confirmadas por um dos advogados que acompanhavam o prefeito na sede da PF em Porto Seguro.
A Operação Pasárgada, deflagrada pela PF, nesta quarta-feira, em Minas Gerais, Distrito Federal e Bahia, com cerca de 500 policiias, investiga fraude no Fundo de Participação dos Municípios, já prendeu 16 prefeitos em esquema que pode ter fraudado R$ 200 milhões e apreendeu R$ 1,3 milhão, US$ 20 mil, dois aviões e 36 automóveis.
Segundo a assessoria da PF, 14 prefeitos são de Minas Gerais e dois da Bahia. Também foram detidos, um juiz federal, nove advogados, quatro procuradores municipais, quatro funcionário do judiciário, um gerente da caixa econômica e um lobista.
Entre os prefeitos presos estão Carlos Alberto Bejani (PTB), de Juiz de Fora (MG); Demetrius Arantes Pereira (PTB), de Divinópolis (MG); Júlio Cesar de Almeida Barros (PT), de Conselheiro Lafaiete (MG); José Eustáquio Ribeiro Pinto (DEM), de Cachoeira da Prata (MG); Geraldo Nascimento (PT), de Timóteo (MG); Ademar José da Silva (PSDB), de Vespasiano (MG); José Henrique Gomes Xavier (PR), de Minas Novas (MG); Edson Said Rezende (DEM), de Ervália (MG); Walter Tanure Filho (DEM), de Medina (MG); Claudemir Carpe (PTdoB), de Rubim (MG); José Eduardo Peixoto (PSDB), de Salto da Divisa (MG); Paulo Ernesto Pessanha da Silva (DEM), de Itabela (BA); Carlos Luis de Novaes (PDT), de Almenara (MG); e Gilberto Balbino (PR), de Sobradinho (BA).
Todos os detidos, tiveram prisão temporária decretada. A prisão temporária vale por cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período. Após a prorrogação ou antes mesmo de acabar o prazo, a PF pode solicitar à Justiça prisão preventiva, cujo período é indeterminado. O executivo da Caixa já teve prisão preventiva decretada.